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A doença de Chagas ainda existe

Para marcar o Dia Mundial da Doença de Chagas, 14 de abril, temos o prazer de lançar, em parceria com o Instituto Mauricio de Sousa, uma edição especial da revista da Turma da Mônica sobre essa doença silenciosa, que afeta milhões de pessoas no mundo. Na América Latina, ela é endêmica. Se não diagnosticada e tratada, a doença pode causar problemas no coração e no sistema digestivo por anos após a infecção.

O acesso a esses cuidados de saúde só é possível se conhecidos a quantidade e o local das pessoas afetadas. Entretanto, essas informações são hoje muito escassas, impossibilitando o planejamento de políticas públicas efetivas de combate à doença.

A doença de Chagas tem cura e tratamento e a informação ainda é a melhor forma de combatê-la.

Tornar

essas pessoas visíveis

Desde 2020, o dia 14 de abril é reconhecido como o Dia Mundial da Doença de Chagas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), data que remete ao esforço mundial em dar visibilidade às pessoas por ela afetadas e seus desafios no convívio com essa doença negligenciada.

Chagas afeta de seis a sete milhões de pessoas em 44 países no mundo. Na América Latina, a doença de Chagas é endêmica em 21 países, onde 75 milhões de pessoas estão sob risco de infecção e 14 mil podem morrer por ano. A maioria dessas pessoas vive em ambientes com poucos recursos, e sua condição de saúde é muito vulnerável.

Existe tratamento para a doença, que é curável em sua fase inicial. Porém, menos de 10% das pessoas com Chagas nas Américas são diagnosticadas, e menos de 1% das que têm a doença recebe tratamento adequado. Os medicamentos atuais, descobertos há meio século, são eficazes durante a fase aguda e o início da fase crônica da doença de Chagas. Mas se não encontramos essas pessoas para iniciar seus cuidados de saúde, a doença pode desenvolver para quadros graves de complicação cardíaca e digestiva.
Como o novo coronavírus é muito recente, ainda não há dados sobre como ele interage com a doença de Chagas. Entretanto, precisamos lembrar que as condições de saúde provocadas pela doença de Chagas – como problemas cardíacos – são semelhantes àquelas que caracterizam os grupos que correm risco de desenvolver sintomas mais graves da COVID-19.


FASES DA DOENÇA DE CHAGAS

• Fase aguda:
Nela, a doença de Chagas age de forma silenciosa. A maioria das pessoas não apresenta sintomas, dificultando o diagnóstico e o tratamento precoce. Quando ocorrem, os sintomas podem durar de dois a quatro meses.

• Fase crônica
Esta fase pode durar anos ou décadas sem manifestar nenhum tipo de sintoma, mesmo que os parasitas estejam no corpo da pessoa infectada e que seja possível a transmissão da doença para outras pessoas. Para até 40% das pessoas infectadas, após muitos anos, a fase crônica pode evoluir para complicações cardíacas e digestivas graves, frequentemente resultando em morte súbita ou em insuficiência cardíaca.

A grande maioria dos pacientes em todo o mundo encontra-se na fase crônica. Porém, poucos países possuem um sistema de vigilância adequado que permita mapear quantas e onde estão essas pessoas vivendo com a doença de Chagas.
O desenvolvimento crônico da doença opera como uma bomba-relógio. Se não diagnosticada e tratada o quanto antes, as pessoas infectadas podem ser pegas de surpresa com complicações irreversíveis, que podem ser fatais.



Assista ao vídeo

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Sobre a doença de Chagas

A doença de Chagas é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanosoma Cruzi, conhecida por ser transmitida pela picada do inseto “barbeiro” nas Américas. Na verdade, a transmissão ocorre através das fezes contaminadas desse inseto, que pode entrar em contato com os humanos por meio de sua picada ou pela ingestão de alimentos contaminados. Poucos sabem, porém, que a doença de Chagas também pode ser transmitida da mãe infectada para o bebê, e por transfusões de sangue e/ou transplante de órgãos sem o devido controle.

Por ser uma doença negligenciada, acabou caindo no esquecimento da sociedade e de políticas públicas, quase não havendo investimentos para enfrentá-la. Mas a doença de Chagas ainda é um sério problema de saúde pública.

A carência de sistemas de vigilância que notifiquem casos agudos e crônicos da doença de Chagas perpetua a invisibilidade das pessoas infectadas. Saber quem são e quantas são essas pessoas permite romper os anos de silêncio da doença, o que possibilita a mobilização de recursos para busca ativa de casos, para diagnosticar, tratar e interromper vias de transmissão ativas.

Revista da Mônica
Médicos Sem Fronteiras (MSF), junto ao Instituto Maurício de Sousa, traz uma edição temática da revista da Turma da Mônica que fala sobre a doença de Chagas

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